FIA – Feira Internacional do Artesanato: Ponto de encontro de culturas

Por Jorge Rocha de Matos*

A FIA – Feira Internacional do Artesanato abre portas este sábado, na FIL, e prolonga-se até ao próximo domingo, dia 1 de Julho. Serão nove dias de um encontro de culturas ao vivo e a cores, onde o tradicional e o contemporâneo se misturam e difundem e onde o visitante pode (re)visitar tradições e culturas sem sair do mesmo espaço.

A FIA vai para a sua 31ª edição, afirmando-se como uma feira de valor inestimável na mostra do artesanato e gastronomia do país e do Mundo. Esta edição conta com a presença de 640 expositores e tem mais de quarenta países representados, da Ásia, África, América do Sul e Europa, com especial destaque para o Reino de Marrocos, país convidado da FIA 2018, que mostrará aos visitantes toda a sua cultura e arte berbere e terá uma programação variada e dinâmica ao longo dos nove dias de FIA, com apresentações musicais, desfiles de moda, demonstrações e workshops de culinária típica do país, entre muitas outras actividades.

É para mim um enorme privilégio ter contribuído, em conjunto com a equipa operacional, para o desenvolvimento da FIA, enquanto feira que promove, dinamiza e divulga a cultura portuguesa através do artesanato e da gastronomia. Este ano, o Turismo Centro de Portugal é a região portuguesa convidada, uma oportunidade para que divulguem o que de melhor se faz nesta zona de Portugal, que, infelizmente passou por um período conturbado devido às intempéries dos incêndios do ano transacto mas que, com bravura e perseverança se tem regenerado.

A FIA é também uma plataforma que procura criar condições para os artesãos portugueses desenvolverem as suas artes e tem aí um dos seus principais objectivos: mostrar o seu trabalho ao público e ajudar na sua divulgação, para que sejam criadas mais e melhores condições no desenvolvimento da sua arte.

Como tal, é necessário procurar um modelo de cooperação com o poder político, uma vez que o artesanato é uma forma de absorção, um hobbie na grande maioria das vezes, mas que também pode servir como uma maneira complementar de trabalho, sobretudo para os reformados, que veem nas mais diferentes formas de arte artesanal um entretenimento, uma ocupação.

Há que saber tirar o melhor partido do know-how dessas pessoas, dos mais antigos artesãos portugueses, para que as formas tradicionais de se fazer artesanato português não se percam e possam passar de geração em geração e, assim, fomentar o interesse dos mais jovens por este trabalho, não fosse Portugal, culturalmente, um dos países mais ricos do Mundo.

Quero, portanto, desafiar todos os meus amigos e conhecidos a visitar a FIA, de 23 de Junho e a 1 de Julho, entre as 15h00 e as 24h00 na FIL, acompanhados dos vossos familiares e/ou amigos, para que vejam arte ser feita, ao vivo e a cores.

* Presidente da Fundação AIP

FIA – Feira Internacional do Artesanato: Ponto de encontro de culturas2019-01-07T18:11:10+00:00

Fórum de Investimento Paraguai + 2018 – Lisboa

 

Realiza-se no dia 14 de junho, quinta-feira, às 10h00, na Fundação AIP, a apresentação do Paraguai como destino de investimentos, no FÓRUM DE INVESTIMENTOS PARAGUAI + 2018, com a participação de oradores do sector público e privado.

Nesta oportunidade serão apresentadas as vantagens competitivas do país e a política económica a seguir pelo novo governo. (more…)

Fórum de Investimento Paraguai + 2018 – Lisboa2019-01-07T18:11:13+00:00

Academia da Exportação – o apoio às empresas portuguesas no processo de exportação

No âmbito do novo projecto de apoio à internacionalização das empresas portuguesas, continuam a realizar-se, na Fundação AIP, acções de formação personalizadas que visam elucidar sobre os processos de verificação de conformidade aquando da exportação do produto para diferentes mercados fora da União Europeia.

Após a primeira Academia de Exportação sobre Certificação de Luminárias para os Estados Unidos da América, Canadá e Brasil, realizou-se hoje, a Academia de Exportação sobre o processo de exportação para a Arábia Saudita e para os seguintes Países do Golfo (Kuwait, Bahrain, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Iémen), com a formação de Anabela Gonçalves e Liliana Louro da BIVAC Ibéria do Grupo Bureau Veritas.

Nesta sessão de formação participaram quatro empresas, de sectores distintos: Neutroplast, produção de embalagens plásticas para a indústria farmacêutica, Pirâmide Bonus, materiais de construção, Oli Sanitários, dedicada à indústria de equipamentos sanitários e a TCR, do sector alimentar.

Os motivos de participação destas empresas na acção de formação foram comuns: a necessidade de aprender um pouco mais sobre a exportação, especialmente para mercados cuja regulamentação é tão diferente da que vigora na União Europeia.

A acção é dirigida de forma personalizada às empresas presentes, tendo em conta a especificidade do sector e abordando os requisitos que são necessários para que o produto possa ser exportado.

Confira aqui o testemunho da Oli Sanitários sobre a participação da empresa na Academia de Exportação:

Próximas Acções – Inscreva-se aqui!

Outubro (dia a definir)

Requisitos para a exportação de têxteis e calçado para a China

  • Anabela Gonçalves, Bureau Veritas Consumer Products
  • Responsável Técnico do Bureau Veritas China Produtos de Consumo (a ser nomeado)

A China é um mercado interessante para a indústria Portuguesa do Têxtil e Calçado, pelo acentuado crescimento de consumo que continua a registar. Os factores críticos de sucesso para este mercado incluem um conhecimento aprofundado sobre a rede local de distribuição, os hábitos dos consumidores e os requisitos regulamentares aplicáveis, aos quais poderão ser muito distintos dos requisitos Europeus. As normas Chinesas aplicam-se aos produtos produzidos e importados para a China e são alvo de frequente controlo pelas entidades Governamentais.

Academia da Exportação – o apoio às empresas portuguesas no processo de exportação2019-01-07T18:11:13+00:00

“A 20ª edição da Tektónica simbolizou o crescimento, a inovação e a ambição para os nossos projectos de construção”

Pelo Presidente da Fundação AIP,  Jorge Rocha de Matos:

 

 

A Fundação AIP organizou, este ano, a 20ª edição da Tektónica – Feira Internacional de Construção e Obras Públicas, num momento de confiança no sector, que nos permite pensar num futuro mais promissor, mais exigente no nosso trabalho, mas também mais receptivo ao desenvolvimento de novos conceitos de negócios, de novos materiais, de novos formatos de encontros empresariais e de novos mercados externos.

A 20ª edição da Tektónica simbolizou o crescimento, a inovação e a ambição para os nossos projectos de construção, quer em Portugal, quer no mercado externo, só possível pela grande união que existiu entre as empresas, as associações, as entidades sócio-profissionais, a Administração pública e o Governo, que em conjunto mostraram uma forte resiliência durante a crise económica.

Esta edição foi marcada pelo crescimento e pela inovação. Cresceu 20% em relação à edição de 2017, o que mostra a confiança que as empresas e os nossos parceiros depositam no nosso evento, apresentando um vasto programa de conferências, programas B2B, Hosted Buyers e, inclusive, uma aplicação para que todos os visitantes, de uma forma fácil e rápida, tivessem informação sobre as empresas expositoras e o respectivo sector.

Durante os quatro dias do evento, 30.656 visitantes encheram os pavilhões da feira, mil dos quais vindos do estrangeiro, consolidando a Tektónica como uma feira que demonstra a qualidade dos produtos e projectos nacionais, e ajuda a consolidar o crescimento da actividade da construção no País, que segundo o INE registou um aumento do investimento na construção de 9,2%, em 2017.

A Tektónica é também uma plataforma das empresas portuguesas do sector para o Mundo. A Fundação AIP, através da Tektónica, dinamiza a internacionalização das empresas nacionais, e ainda este ano organizaremos o pavilhão de Portugal na Facim/Tektónica Moçambique, na Expocamacol, em Medellín, na Colômbia, e no SIB, em Casablanca, Marrocos. São, pois, oportunidades para fazer crescer os negócios das nossas empresas, nas quais a Fundação AIP está fortemente empenhada.

Quero dirigir, igualmente, uma palavra de agradecimento às empresas expositoras na Tektónica 2018 porque são elas a razão de ser deste evento, são elas que corporizam e dinamizam o tecido económico português e o crescimento da economia, são elas que criam riqueza, inovação e geram emprego, são elas que nos dão a oportunidade de mostrar tudo aquilo que de bom se faz no sector em Portugal.

Por último, permitam-me anunciar que a 21ª edição da Tektónica realizar-se-á de 8 a 11 de Maio do próximo ano, esperando-se um contínuo e próspero desenvolvimento deste sector.

 

“A 20ª edição da Tektónica simbolizou o crescimento, a inovação e a ambição para os nossos projectos de construção”2019-01-07T18:11:14+00:00

“O acordo feito entre a União Europeia e o Japão é o maior acordo da UE com um país terceiro”

O choque cultural é grande mas é necessário ultrapassá-lo”, disse Paulo Ramos, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Japonesa (CCILJ), no âmbito do Workshop “Como Fazer Negócios no Japão”, organizado no dia 22 de Maio pela Fundação AIP, em colaboração com a CCILJ, patrocinado pela Euroatla e com o apoio das águas Fonte Viva e de Torres Vedras e Alenquer, capital Europeia do Vinho 2018.

Com a participação de 25 empresas portuguesas interessadas no mercado japonês, Paulo Ramos falou no acordo assinado entre o Japão e a UE, o maior realizado entre a UE e um país terceiro, algo que, na sua opinião “não tem sido suficientemente divulgado em Portugal.” O acordo entre o espaço europeu e o Japão é “bilateral e uma parceria económica. No espaço de 15 anos prevê-se a livre circulação de bens, serviços e pessoas entre a UE e o Japão.”

A Europa é o 2º maior mercado do Japão no Mundo
Paulo Ramos, Presidente da CCILJ

Sobre os produtos mais passíveis de serem exportados para o Japão, o Presidente da CCILJ enumerou sobretudo agro-alimentares, como os lacticínios, carnes e derivados de carnes e vinhos. O mercado japonês, explicou, é muito organizado e auto-regulado mas a vantagem é que o consumidor japonês reconhece a qualidade, “reconhece o produto agro-alimentar de valor acrescentado, o produto reconhecido e certificado e está sempre disposto a pagar mais por isso.” Também Ana Gonçalves, Directora de Negócio da Euroatla, reforçou esta oportunidade de exportação para o mercado japonês: “Existe um espaço muito grande para o alimentar, têxteis, calçado, etc.” Contudo, o tempo de transporte, devido à distância geográfica entre ambos os países, pode revelar-se alargado: Demora algum tempo para a mercadoria chegar ao Japão“, explicou a Diretora de Negócio da transitária e representante da COSCO Shipping em Portugal, podendo o transporte ser feito por via aérea ou marítima, esta última utilizada preferencialmente. Isto porque, segundo Ana Gonçalves, “os portos correspondem a 99% do comércio exterior do Japão“.

Este acordo é de extrema importância para o comércio entre os dois países, uma vez que as taxas alfandegárias serão reduzidas, podendo mesmo ser de 0% aquando da entrada em vigor do acordo, para o próximo ano.

Os portos correspondem a 99% do comércio exterior do Japão
Ana Gonçalves, Directora de Negócio da Euroatla

O Japão é uma sociedade marcada por valores fortes. O japonês irá fazer muitas perguntas e será dessa forma que tentará ganhar a confiança do seu interlocutor.
Ana Fernandes, Investigadora da FCSH-UNL

Mais do que barreiras geográficas entre Portugal e Japão, a componente cultural também é um choque, que pode ser encarado como uma dificuldade mas também como uma oportunidade: “Quando chegamos ao Japão, sermos ‘estrangeiros’ é uma enorme vantagem porque os japoneses sabem que nos esforçaremos por nos encaixar na cultura deles”, enalteceu Ana Fernandes, Investigadora CHAM da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa,  rematando com o factor chave da identidade portuguesa: “O ser-se português pode ser um elemento diferenciador, isto porque os japoneses aprendem na escola que os portugueses foram os primeiros a chegar ao Japão”, havendo por isso uma elevada consideração.

Ao procurar investir no Japão, a empresa deve sempre ter em consideração como agir e não agir tendo em conta a matriz cultural e social do Japão. “Negociar no Japão é apenas diferente”, refere a investigadora, aconselhando os presentes a terem atenção a certos aspectos como a maneira de falar e gesticular, a forma como se dirige a um interlocutor japonês e as questões de respeito e confiança que o povo japonês preserva muito, fruto da sua história: “Não se deve gesticular nem interromper, os japoneses ficam muito baralhados com a gesticulação, assim como devemos pedir desculpa por tudo e por nada, é um sinal de respeito.”

No Japão os negócios fazem-se de forma indirecta e evasiva. Não se deve gesticular nem interromper. O japonês fica muito baralhado com a gesticulação. Deve-se também deixar existir momentos de silêncio.
Ana Fernandes, Investigadora da FCSH-UNL
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“O acordo feito entre a União Europeia e o Japão é o maior acordo da UE com um país terceiro”2019-01-07T18:11:14+00:00