Os desafios associados à transformação digital da economia, vulgo Indústria 4.0, assim como a transição energética e a mobilidade sustentável, colocam atualmente exigências acrescidas aos sistemas de Educação, de Formação e de Ciência & Tecnologia, bem como às empresas e demais organizações, conferindo relevância acrescida à responsabilidade social. O funcionamento integrado e a penetração na cadeia de valor de uma nova plataforma de tecnologias digitais nas empresas e demais organizações provocam mudanças profundas nas estratégias das organizações, nos modelos de negócio, na logística, entre outros.
A forma, o tempo e modo como se aprende, trabalha, compete e coopera estão sujeitos a mudanças profundas. Requerem qualificações e competências mais elevadas, nomeadamente digitais, mas também a nível dos soft skills, fazendo apelo a parcerias orientadas para a qualificação e o emprego, no âmbito das quais as competências possam ser valorizadas, promovidas e monitorizadas. Porventura, os auxiliares em interação cognitiva, o “machine learning”, o “deep learning” e a inteligência artificial estarão cada vez mais presentes na aprendizagem.

Esta nova plataforma de qualificações e competências afigura-se também decisiva para enfrentar as mudanças associadas à transição energética e à descarbonização das economias, onde a problemática das alterações climáticas e a forma de lhes fazer face, assim como a economia circular constituem elementos centrais deste processo. Um novo mix energético depende de múltiplos fatores, nomeadamente do desenvolvimento da mobilidade elétrica (transportes) que provocará um maior consumo de energia elétrica, e de uma elevada penetração das energias renováveis na produção de eletricidade.

Para Portugal, a dimensão dos desafios justifica um compromisso ético e a nível da responsabilidade social, vinculando as empresas (e demais organizações como as da economia social) e os trabalhadores, assim como os centros de saber (escola, universidades, centros tecnológicos, …) e o governo e as suas instituições autónomas, por via das políticas públicas, que deverão desempenhar um papel catalisador. No centro deste compromisso deverá estar necessariamente um objetivo e um processo de qualificação e emprego e de valorização do capital humano, bem como a estratégia associada à transição energética, aliás, em conformidade com os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, otimizando recursos, promovendo oportunidades existentes, concretizando sinergias entre as várias partes interessadas.

 

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